Pela primeira vez na história, a palavra mais popular do ano, de acordo com o dicionário Oxford, não é uma palavra. Oficialmente chamado de "cara com lágrimas de alegria" e usado, por exemplo, para indicar que o usuário está 'morrendo de rir', ele foi a "palavra" que melhor refletiu o "ethos, o humor e as preocupações de 2015", de acordo com uma publicação no blog da Oxford University Press.
Os emojis existem desde o final da década de 1990, mas neste ano a sua utilização disparou, de acordo com o blog. A cara sorridente foi a mais utilizada no mundo neste ano, correspondendo a 20% de todos os emojis utilizados no Reino Unido e 17% dos Estados Unidos, por exemplo.
Emoji
A própria palavra emoji, encontrada pelo dicionário desde 1997, triplicou sua utilização no último ano, segundo dados da Oxford Dictionaries Corpus.
Confira a variação do emoji entre as diferentes plataformas:
"Havia outros fortes concorrentes de vários campos", pode ler-se no blog oficial do Oxford Dictionaries onde foi anunciada a escolha para palavra do ano, "mas [o emoji] foi escolhido como a ‘palavra’ que melhor reflecte o espírito, o humor e as preocupações de 2015".
Segundo a nota publicada, os emojis ou emoji – sendo que se assume que ambas as formas estão correctas quando se quer falar de emoji no plural – existem "desde o fim dos anos 1990, mas em 2015 o seu uso e o uso da palavra emoji aumentaram muito".
"Este ano a Oxford University Press aliou-se à líder em tecnologia móvel SwiftKey para explorar a frequência e uso estatístico de alguns dos mais populares emoji no mundo e escolheu-se a ‘cara com lágrimas de alegria’ porque foi o emoji mais usado globalmente em 2015", refere o comunicado.
No que diz respeito à palavra emoji, apesar de ter sido descoberta em inglês desde 1997, "o seu uso mais do que triplicou em 2015 comparativamente ao ano anterior".
O Oxford Dictionaries define emoji como "uma pequena imagem digital ou ícone usado para expressar uma ideia ou emoção nas comunicações electrónicas", sendo que o termo provém do japonês referindo-se o ‘e’ a imagem e ‘moji’ a letra, caracter.
"A parecença com a palavra inglesa emoticon ajudou a que se tornasse memorável e impulsionou o seu uso", refere a nota, salientando porém um emoticon é "uma expressão facial composta por caracteres do teclado, como ;) , em vez de uma imagem estilizada".
Pode ler-se ainda nesta publicação que os "emojis já não estão apenas reservados às mensagens trocadas entre adolescentes" e que têm vindo a ser abraçados como uma "nuance" na forma de exprimir ideias e utilizados por diversas personalidades e marcas. Estas imagens são também capazes de "ultrapassar as barreiras da língua".
Os restantes candidatos a palavra do ano eram:
Ad blocker, um programa desenhado para bloquear publicidade;
Brexit, termo utilizado para uma potencial saida do Reino Unido da União Europeia;
Dark Web, parte da internet apenas acessível através da utilização de programas específicos e que permite aos internautas manter o anonimato e não serem detectados;
On fleek, que significa extremamente bom, atractivo ou estiloso;
Lumbersexual, que se refere aos jovens citadinos que cultivam um tipo de imagem - tipificada pelo uso de barba e camisas aos quadrados – que sugerem um estilo de vida ao ar livre;
Refugiado, alguém forçado a sair do seu país para escapar à guerra, à perseguição ou a desastres naturais;
Economia partilhada, um sistema económico onde os bens ou activos são partilhados por vários indivíduos gratuitamente ou mediante uma taxa, tipicamente através da internet.
They, expressão em inglês que se refere a Eles/Elas e serve para referir pessoas sem especificar o sexo.
A escolha de um emoji para palavra do ano não está a ser bem recebida, com as pessoas a reagir nas redes sociais. "A reacção geral tem sido de desapontamento, para não dizer mais", pode ler-se hoje num artigo do The Telegraph.
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